Figuras iluestres de Tremedal - Francisco Gumes de Morais
Publicado em 2013-11-08 11:05:44 | 69 Impressões | Escrito por 0
Fotos antigas: arquivo pessoal do professor Valdomiro Lacerda
Francisco Gumes de Morais, nasceu em Caetité, no Estado da Bahia, no dia 09 de outubro de 1924 e faleceu em 22 de setembro de 2008. Filho de Francisco Alberto de Morais e D. Júlia Adelaide Gumes de Morais, foi casado com a Srª Dagmar Ferraz de Melo Morais, com a qual teve uma filha que faleceu durante o nascimento, viúvo, casou-se uma segunda vez com D. Irani Pereira de Morais, com quem teve três filhos: Déborah, Carlyle e Byron. Fez o curso primário na Escola Anaxas e depois na Escola Normal, onde completou o curso ginasial e o Normal, e tendo perdido seu pai ainda cedo, graças aos esforços de sua mãe, conseguiu formar-se em sua cidade natal. Daí, passou a trabalhar na Farmácia Teixeira, de propriedade do ex-senador Dr. Ouvídio Antunes Teixeira. Em seguida, após ser aprovado em concurso Público da Rede Estadual foi nomeado professor de Fundamental I, em Tremedal. Sem conhecer Tremedal, seguiu viagem a cavalo com o seu irmão Sólon Gumes de Morais, também nomeado professor na cidade vizinha de Piripá, viagem esta que demorou alguns dias, chegando em Tremedal foi muito bem acolhido por todos, morando na casa do Sr. Leonel Pereira e D. Lica.
Professor Morais, como ficou conhecido por todos, exerceu o cargo de professor regente durante muitos anos, com muita dedicação, trazendo muitas inovações para a nossa querida Tremedal, idealizou e executou desfiles de 07 de setembro muito bonitos, despertando o civismo e o amor à Pátria nos alunos e em todos os moradores da nossa cidade, até hoje é lembrado como grande educador que foi, ocupou também o cargo de delegado escolar, durante 10 anos.
Era um homem com sentimentos humanitários, contribuindo constantemente com donativos e serviços, nos movimentos comunitários e religiosos. Tendo sido um bom jogador de futebol incentivava entusiasticamente, todos os esportes, dando completa assistência a qualquer ponto do município, trouxe o voleibol para a nossa cidade, incentivando a sua prática, realizou inúmeros torneios com diferentes modalidades esportivas. Seu passatempo preferido era a leitura, embora apreciasse todos os bons assuntos, seu autor predileto era Machado de Assis. Os jornais e revistas, além dos noticiários da televisão eram os seus principais veículos de informações.
Em 1976 foi eleito prefeito de Tremedal, em um mandato de seis anos que foi até 1982, sempre considerou como sua principal obra a construção e implantação do “Centro Educacional de Tremedal”, que no período de sua inauguração mantenha os cursos de 1º e 2º graus com o magistério e Escola Técnica de contabilidade. Ainda no setor educacional construiu mais de 40 prédios escolares na zona rural com recursos próprios. Criou a primeira biblioteca do município dentro do Centro Educacional. Melhorou o nível salarial e intelectual do corpo docente, conseguiu convênio com o banco de livros, que fornecia material para os alunos. Construiu uma quadra poliesportiva para a prática de esportes e lazer para a juventude. A merenda escolar foi diversificada e enriquecida. No setor da saúde, reabriu e reformou o centro de saúde para atender todo o município com orientação sanitária, médicos, enfermeiras e outros funcionários qualificados. Na eletrificação, após árduo trabalho, implantou o serviço de rede hidrelétrica na sede algumas localidades da zona rural. Fez o calçamento, urbanização e humanização de 80% das ruas e praças da sede e dos povoados e distrito. Implantou a rede de água (EMBASA). No setor das estradas, adquiriu maquinários e caminhões para a assistência das estradas municipais. Construiu uma série de pequenas aguadas distribuídas por todo o município. No setor das comunicações conseguiu a rede telefônica, que até então Tremedal não possuía e uma retransmissora de TV, conseguiu também um posto avançado do Banco do Brasil e uma agência do BANORTE.
Foi um homem de grande dinamismo, dedicação em tudo que fazia e amava Tremedal como se fosse a sua terra natal.
Por Déborah Morais