Rios da Amazônia já atingem o menor nível da história


Publicado em 17/09/2024 | 106 Impressões | Escrito por Renato Abreu


Rios da Amazônia já atingem o menor nível da história

Com a falta de chuvas e a seca prolongada, os rios da Bacia do Rio Amazonas continuam registrando níveis cada vez mais baixos. Entre quinta-feira (12) e sábado (14), três importantes afluentes atingiram os menores níveis já registrados, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Os rios Solimões, Acre e Madeira marcaram recordes históricos de baixa. Embora cada um tenha sua própria referência de medição, as quedas nos níveis de água são significativas em todos eles.

Na quinta-feira, às 8h, o Rio Solimões, em Tabatinga (AM), na fronteira com a Colômbia, atingiu -171 mm, a menor marca já registrada naquele ponto. No mesmo dia, às 17h45, o Rio Acre, em Rio Branco (AC), alcançou o nível de 126 cm. Esse rio deságua no Purus, um dos principais afluentes do Amazonas. A capital do Acre tem sido gravemente afetada pela fumaça das queimadas florestais, levando à suspensão de aulas e ao cancelamento do desfile de 7 de setembro, devido à péssima qualidade do ar.

O terceiro rio a atingir um nível histórico de baixa foi o Rio Madeira, em Porto Velho (RO). No sábado, às 12h30, o nível da água caiu para 41 cm, algo inédito desde o início do monitoramento em 1967. A situação foi tão extrema que foi necessário instalar uma nova régua de medição, com marcações em centímetros. O Madeira, que é o afluente mais longo e importante do Rio Amazonas, com quase 1,5 mil km de extensão, vem sofrendo uma queda contínua de nível desde julho. No dia 5 de setembro, pela primeira vez, o nível do rio ficou abaixo de 1 metro, e em menos de 10 dias, caiu mais 55 cm, chegando à marca histórica de sábado.

Assim como no Acre, Rondônia também enfrenta meses sem chuvas e com queimadas persistentes. Voos foram cancelados em Porto Velho, e o governo local emitiu um decreto recomendando que as pessoas evitem atividades ao ar livre.

Além dos níveis críticos nesses três rios, outros pontos da Bacia Amazônica também enfrentam condições de “seca extrema” ou “seca”, de acordo com a classificação do SGB.

Em Ji-Paraná (RO), o rio Ji-Paraná atingiu 610 cm às 12h15 de sábado. Tanto ele quanto o Rio Solimões, em Fonte Boa (AM), foram classificados como em situação de “seca extrema”. Em Fonte Boa, o Solimões atingiu 1.014 cm ao meio-dia de sábado, enquanto a menor marca histórica registrada nesse ponto é de 802 cm.

Outros três pontos da bacia do Amazonas foram classificados como em “seca”. Segundo o SGB, a situação nesses locais é a seguinte:

Rio Purus, em Beruri (AM): atingiu 623 cm às 19h de sábado. Para ser classificado como “seca extrema”, o nível deve cair para 530 cm;

Rio Solimões, em Itapéua, Coari (AM): chegou a 294 cm na terça-feira (10/9) às 8h. Se o nível cair para 200 cm, será considerado “seca extrema”;

Rio Solimões, em Manacapuru (AM): marcou 619 cm às 18h15 de sábado. A classificação de “seca extrema” ocorrerá se atingir 288 cm.

Fonte: Portal Plural

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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