Brasil Se Destaca no Agronegócio com Nova Geração de Produtores e Tecnologia
Publicado em 03/09/2024 | 54 Impressões | Escrito por Renato Abreu
O agronegócio brasileiro está passando por uma revolução, impulsionada por uma nova geração de agricultores mais jovens e tecnologicamente avançados. Essa transformação tem levado o Brasil a se consolidar como um dos maiores fornecedores globais de commodities agrícolas, superando os EUA em áreas como a exportação de algodão e caminhando para se tornar líder em café e carnes.
Os dados mostram que a idade média dos agricultores brasileiros é de 46 anos, comparada aos 58 anos dos produtores nos EUA e ao envelhecimento significativo na Europa. A adoção de tecnologias digitais tem sido uma das chaves para esse avanço, com muitos produtores implementando drones, sensores e plataformas digitais para melhorar a produtividade e a gestão das propriedades.
A SLC Agrícola, liderada por Frederico Logemann, exemplifica bem essa tendência. A empresa possui fazendas totalmente conectadas e utiliza tecnologias como pluviômetros digitais e monitoramento com drones, que reduzem o uso de defensivos e monitoram focos de calor para combater queimadas. Essa inovação é um reflexo do perfil jovem dos produtores brasileiros, que estão cada vez mais voltados para a digitalização e o uso de dados na agricultura.
O setor agropecuário no Brasil também está atraindo profissionais que anteriormente se mudaram para grandes cidades, com um movimento crescente de “volta ao campo”. Programas de formação e liderança têm contribuído para o desenvolvimento de novas competências no setor.
Além disso, startups de tecnologia agrícola, conhecidas como Agtechs, estão emergindo e recebendo investimentos significativos. Essas empresas, muitas delas fundadas por jovens da geração Z, estão redefinindo a relação entre agricultura e tecnologia, promovendo práticas mais sustentáveis e inovadoras.
A crescente competitividade do Brasil no mercado global é um reflexo dessa transformação, com um superávit de US$ 59,22 bilhões na balança comercial do agronegócio até maio de 2024, contrastando com o déficit comercial agrícola recorde dos EUA.
Fonte: O Informante