Ciclone na costa ajuda a espalhar fumaça de queimadas pelo Brasil


Publicado em 28/07/2024 | 91 Impressões | Escrito por Renato Abreu


Ciclone na costa ajuda a espalhar fumaça de queimadas pelo Brasil

Um ciclone extratropical atua sobre o Oceano Atlântico neste começo de semana a Leste do Sul do Brasil e do Uruguai. O ciclone sobre o mar, pela influência das correntes de vento em altitude, acaba por contribuir para espalhar a fumaça das queimadas por vários estados brasileiros.

A imagem do satélite meteorológico GOES-16 da NOAA/NASA do final da tarde desta segunda-feira mostra a espiral de nuvens do ciclone sobre o mar a Leste do Sul do Brasil e uma grande quantidade de fumaça sobre a Bolívia e estados do Norte, Centro-Oeste e parte do Sudeste do Brasil, especialmente na região amazônica. O que acontece? Associada à espiral do ciclone extratropical no Atlântico existe uma faixa de nuvens, a frente fria, que se estendia nesta segunda-feira para Norte até a costa do Sudeste do Brasil. O sistema frontal associado ao ciclone atrai correntes de vento que levam a fumaça, que neste momento se origina principalmente da região amazônica, em direção ao Centro do Brasil com fumaça principalmente em estados do Centro-Oeste e parte de Minas Gerais, no Sudeste.

Em outras palavras, ao contrário do que normalmente ocorre com uma frente fria que é a formação de um corredor de umidade do Norte para o Sul ou o Centro do Brasil, agora o que é um corredor de fumaça pela grande quantidade de material particulado sendo transportado pelas correntes de vento em altitude, espalhando a fumaça pelo Brasil. As áreas com mais fumaça nesta segunda-feira eram o Amazonas, o Sul do Pará, Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Norte do Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás e o Oeste do estado de Minas Gerais. A maior concentração de fumaça ocorria nesta segunda-feira no Amazonas, Acre, parte do Mato Grosso, Rondônia e Sul do Pará. A visibilidade horizontal por presença de fumaça chegou a apenas mil metros nesta segunda no aeroporto de Porto Velho, em Rondônia. Como há um grande número de focos de queimadas no Mato Grosso, na Amazônia e na Bolívia, a tendência é que o Centro-Oeste e o Norte do Brasil permaneçam ainda por muitos dias com grande quantidade de fumaça presente na atmosfera com acentuada redução de visibilidade em alguns pontos.

Fonte: MetSul

 

 

 

 

 

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