CNU: somente 10% das redações e das questões discursivas serão corrigidas


Publicado em 21/08/2024 | 158 Impressões | Escrito por Renato Abreu


CNU: somente 10% das redações e das questões discursivas serão corrigidas

A nota da prova objetiva do Concurso Nacional Unificado (CNU) — aplicada no último domingo (dia 18) — será fundamental para os candidatos porque, segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), trata-se do primeiro corte. Isso quer dizer que essa nota vai definir quem terá a redação (no caso do Bloco 8) ou as questões discursivas (blocos de 1 a 7) corrigidas.

Os candidatos dos blocos de 1 a 7 responderam, ao todo, a 70 questões de múltipla escolha e fizeram uma dissertação sobre alguma questão específica da sua área. Já quem tentou uma vaga no Bloco 8, o único que exigia apenas nível intermediário, precisou responder a 50 perguntas objetivas, além de escrever uma redação.

Mas nem todas as questões terão o mesmo peso na nota final. O CNU usa como critério a Nota Final Ponderada (NFP). Dependendo do cargo para o qual o candidato se inscreveu, cada pergunta terá um peso diferente.

Quem terá redação e questão discursiva corrigida?

O resultado das provas objetivas será decisivo. De acordo com acordo com Pedro Assumpção Alves, assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Ministério da Gestão e membro do Grupo Técnico Operacional do CNU, somente serão corrigidas as redações e as dissertações de candidatos classificados até nove vezes o número de vagas para cada cargo.

— O importante é que o candidato tenha uma noção se terá a redação e a dissertação corrigidas, porque esse é o primeiro corte. Vamos corrigir as provas discursivas dos candidatos classificados até nove vezes o número de vagas por cargo. A grosso modo, vamos corrigir cerca dos 10% melhores de cada bloco. E se o candidato já foi classificado para um cargo, ele não tira vagas de outro — diz Alves.

Eixos temáticos

Os blocos de 1 a 7 foram divididos em eixos temáticos, com relevância maior a depender da vaga pretendida. Vale lembrar que os candidatos puderam se candidatar a mais de um cargo, elencando sua ordem de preferência.

Então, a nota final para a vaga prioritária não necessariamente será a mesma para os demais cargos listados. E o candidato poderá ficar na lista de espera para os três cargos para o qual se candidatou.

É importante salientar: nem todos os candidatos terão sua redação ou dissertação (pergunta discursiva) corrigidas. Segundo o MGI, somente cerca de 10% das melhores provas vão para a correção desta fase. Entenda mais abaixo os critérios.

Como funciona a Nota Final Ponderada?

São 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais, em oito blocos temáticos. E, para cada cargo, há pesos diferentes para as provas. Assim, a nota final ponderada, ou NFP, tem uma regra específica de acordo com a vaga pretendida pelo candidato.

Em alguns casos, tanto para os cargos de nível médio como para os de nível superior, haverá prova de títulos, o que mudará o peso dos testes de conhecimentos específicos e de conhecimentos gerais na nota final.

No caso das vagas que exigem nível superior (blocos de 1 a 7), há ainda os eixos temáticos dentro da prova de conhecimentos específicos. Num mesmo bloco, dependendo do cargo pretendido, cada eixo temático ganha uma ponderação diferente.

Entenda como vai funcionar:

Blocos de 1 a 7

Para os cargos de nível superior, a nota final ponderada (NFP) será a seguinte soma:

Nota da prova de conhecimentos gerais + Nota da prova conhecimentos específicos + Nota da prova de discursiva + Nota da prova de títulos (quando houver).

As provas objetivas são as 20 questões de conhecimentos gerais do exame pela manhã e as 50 questões de conhecimentos específicos aplicadas no turno da tarde.

Peso do eixos temáticos

Em cada um dos 7 blocos do concurso, há cinco eixos temáticos com diferentes áreas de estudo que têm peso distinto, de acordo com o cargo, na prova de conhecimentos específicos.

Por exemplo, no Bloco 4 – Trabalho e Saúde do Servidor, os cinco eixos temáticos são: 1) gestão governamental; 2) políticas públicas; 3) sociologia e psicologia; 4) segurança e saúde do trabalhador; e 5) direito do trabalho.

Para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, lotado no Ministério do Trabalho, um dos com maior número de inscritos, as questões dos eixos 4 e 5 — ou seja, segurança e saúde do trabalhador e direito do trabalho — têm peso maior.

Neste mesmo bloco 4, para o cargo de analista técnico de políticas sociais, lotado no Ministério da Gestão, também muito procurado pelos candidatos, o eixo temático 1 (gestão governamental), tem peso muito maior.

Assim, a nota final da prova de conhecimentos específicos será feita a partir da soma dos acertos em cada eixo, multiplicada pelo peso deste eixo.

O candidato poderá consultar, em detalhes, o peso de cada eixo temático para a sua vaga pretendida no Anexo V de cada edital.

Notas de corte

Para aprovação, o candidato precisa alcançar ao menos 40% dos pontos das provas objetivas – somando os acertos nas questões de conhecimento geral e os acertos, com o peso ponderado, nas questões específicas.

Além disso, não pode tirar zero na prova discursiva.

Provas discursivas

O Ministério da Gestão (MGI) diz que as questões discursivas terão dois critérios para avaliação: o uso correto da Língua Portuguesa e os conhecimentos específicos exigidos pela indagação ou proposta de dissertação/redação.

E, importante: 50% da nota corresponde apenas à avaliação do português.

Prova de títulos

Dependendo se o cargo tem prova de títulos e do peso deste critério, a regra para nota final muda. A prova de títulos engloba cursos e qualificações, pós-graduações, mestrado, doutorado etc.. E, também, tempo de trabalho, experiência prévia comprovada, na área de atuação da vaga pretendida. As exigências variam de acordo com o cargo.

E o peso das provas de títulos na nota final também varia.

Funciona assim:

Vagas que não têm prova de títulos

Prova de conhecimentos gerais: peso de 25%

Prova de conhecimentos específicos: peso de 55%

Prova discursiva: peso de 20%

Vagas com a prova de títulos valendo 5% do total

Prova de conhecimentos gerais: peso de 25%

Prova de conhecimentos específicos: peso de 50%

Prova discursiva: peso de 20%

Prova de títulos: 5%

Vagas com a prova de títulos valendo 10% do total

Prova de conhecimentos gerais: peso de 20%

Prova de conhecimentos específicos: peso de 50%

Prova discursiva: peso de 20%

Prova de títulos: 10%

Bloco 8 – Nível Intermediário

No bloco 8, que oferece 692 vagas para 8 cargos, a aprovação exige que o candidato obtenha no mínimo 30% do total de pontos das provas objetivas (ou acerte ao menos 18 das 60 questões), além de não tirar nota zero na redação.

No turno da manhã, os candidatos responderam a 15 questões objetivas, de múltipla escolha, sobre Língua Portuguesa. E fizeram uma Redação. No período da tarde, os candidatos responderam a mais 45 questões objetivas sobre sobre Matemática, Noções de Direito e Realidade Brasileira. E tiveram que marcar as opções A, B, C, D ou E, sendo uma única resposta correta.

Neste bloco, a Nota Final Ponderada (NFP) será a soma da pontuação nas provas objetivas e da nota da Redação. Os pesos serão diferentes no caso dos cargos que oferecem prova de títulos – é considerado “título”, por exemplo, experiência prévia em órgão público ou empresa privada da mesma área de atuação pretendida. Entenda o peso de cada prova:

Vagas que não têm prova de títulos

Provas objetivas (as 15 questões da manhã e as 45 da tarde, lembrando que o candidato precisava acertar ao menos 18 das 60 perguntas): peso de 80%

Redação: peso de 20% (o candidato não poderia tirar zero nesta prova)

Vagas que têm prova de títulos

Provas objetivas (as 15 questões da manhã e as 45 da tarde, lembrando que o candidato precisava acertar ao menos 18 das 60 perguntas): peso de 70%

Redação: peso de 20% (o candidato não poderia tirar zero nesta prova)

Títulos: peso de 10%

Fonte: Extra Globo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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