Bezerro terá o maior preço da história em 2025


Publicado em 22/07/2024 | 208 Impressões | Escrito por Renato Abreu


Bezerro terá o maior preço da história em 2025

O cenário da pecuária de corte não é fácil de ser avaliado, principalmente para os aventureiros de plantão, mas não é mistério que o Ciclo Pecuário reina de forma dominante no que diz respeito aos caminhos seguidos por quem vive nesse setor tão importante para a economia. Alguns chegam a dizer que: “Ele até tarda, mas não falha“. É nesse momento que precisamos entender o que está acontecendo e o que está por vir. Podemos afirmar que o bezerro terá o maior preço da história em 2025 e, claro, precisamos explicar o porque disso. Para podermos entender a afirmação central desse texto [o preço do bezerro], precisamos entender os motivos que estão levando o mercado a trilhar esse caminho. Conforme explica Lygia Pimentel, analista e CEO da Agrifatto, a demanda é determinante em todo o processo. “A carne – ou o boi – não é um produto de moda. É e sempre será um produto necessário, demandado em maior ou menor intensidade e, portanto, cujos preços possuem ciclos. O ciclo pecuário nada mais é do que uma retroalimentação produtiva estimulada pelos preços, que influencia a oferta de animais em qualquer economia em que a pecuária detenha um papel relevante“, aponta ela.

O tema, ou melhor, ideia para produção desse conteúdo teve como ponto chave uma entrevista do Volneimar Lacerda, diretor Spaço Agrícola Tepeyac, durante o GI News PodCast. Conforme é possível assistir no corte abaixo, Lacerda afirma que o “bezerro terá o maior preço da história em 2025”. Com isso, buscamos informações para podermos trazer uma análise mais abrangente e detalhada sobre o tema.

Nesse contexto, observa-se que, desde 2022 e com intensificação no primeiro semestre de 2024, os períodos de baixa nos preços têm levado à desvalorização e à liquidação de rebanhos, incluindo as fêmeas, como estratégia para gerar caixa e garantir a sobrevivência dos produtores.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 1º trimestre de 2024, foram abatidas 9,30 milhões de cabeças bovinas, marcando um recorde desde 1997, com aumentos de 24,6% em relação ao ano anterior e 1,6% em comparação ao 4º trimestre de 2023. O abate de fêmeas subiu 28,2% em comparação ao 1º trimestre de 2023, atingindo um recorde histórico. O abate de machos também cresceu, com um aumento de 21,7%, registrando o melhor desempenho para um 1º trimestre, conforme relatou a Scot Consultoria.

A queda do inventário de fêmeas reduz a oferta em um segundo momento pelos motivos óbvios. Além disso, a teoria econômica nos ensinou que oferta em baixa diante de uma demanda mais ou menos estável significa preços em alta. Da mesma forma, preços em alta estimulam investimentos e retenção de fêmeas para a produção de mais animais.

Fonte: Compre Rural

 

 

 

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