A Maior Jazida de Diamantes do Brasil e da América Latina é na Bahia


Publicado em 16/07/2024 | 139 Impressões | Escrito por Renato Abreu


A Maior Jazida de Diamantes do Brasil e da América Latina é na Bahia

A revelação da maior jazida de diamantes da América do Sul ocorreu em 19 de abril, no pequeno município de Nordestina, situado no Sertão da Bahia. Esta descoberta transformou a história do Brasil, posicionando o país como um dos maiores produtores e exportadores de diamantes de alta qualidade no mundo. A mina Braúna, situada a aproximadamente 10 km da cidade de Nordestina, é uma das mais recentes e promissoras descobertas no setor de mineração.

Localização e Importância da Mina

A mina Braúna está localizada numa região praticamente plana, nas proximidades do Rio Itapicuru. Com uma população de pouco mais de 12 mil habitantes, Nordestina se tornará famosa como o lar da maior jazida de diamantes do Brasil e da América Latina. A Lipari Mineração Limitada, uma empresa canadense, é responsável pela exploração da mina e investiu mais de 100 milhões de dólares no projeto.

Desde 2016, a exploração tem sido realizada a céu aberto, sem a necessidade de construir túneis, o que facilita o processo de extração. A quantidade de diamantes encontrados é enorme e a produção da mina tem o potencial de aumentar em 495% a produção atual de diamantes do Brasil.

O Fenômeno do Kimberlito

Os diamantes da mina Braúna estão localizados em um tubo de kimberlito, uma formação geológica vulcânica que concentra diamantes. Kimberlitos são rochas formadas nas profundezas da Terra, onde há calor e pressão suficientes para transformar o carbono em diamantes. Quando a lava vulcânica encontra uma brecha na crosta terrestre e chega à superfície, ela dispersa diamantes em um raio de mais de 50 km. Este fenômeno ocorreu na região árida do Sertão da Bahia, onde a mina Braúna está situada.

Capacidade de Produção

Antes da mina Braúna, a exploração de diamantes no Brasil era limitada a fontes secundárias, como rios e cascalhos. A mina Braúna é a primeira jazida da América Latina explorada em uma fonte primária de diamantes, onde os diamantes estão diretamente ligados ao tubo de kimberlito. Esta condição torna a exploração mais eficiente e produtiva em larga escala.

Durante a fase de pesquisa, entre 2014 e 2016, foram extraídos cerca de 2.500 diamantes de alta qualidade. A mina Braúna tem uma capacidade de produção anual estimada em 340 mil quilates de diamantes, com uma vida útil projetada de pelo menos sete anos. Isso representa quase meia tonelada de diamantes durante todo o período de atividade da mina.

Operação e Futuro da Mina Braúna

A mina Braúna é uma operação de mineração a céu aberto, utilizando equipamentos próprios para processar 2.000 toneladas de minério kimberlítico por dia, 24 horas por dia, 7 dias por semana. A Lipari planeja aprofundar ainda mais as pesquisas para verificar a viabilidade de extrair diamantes de maiores profundidades, potencialmente transformando a mina em uma operação subterrânea.

Atualmente, a mina emprega mais de 300 funcionários e as operações de extração e processamento de diamantes são contínuas. Com um investimento superior a 100 milhões de dólares, a mina Braúna projeta lucros de aproximadamente 750 milhões de dólares ao final do processo.

Um Marco para o Brasil

A descoberta da mina Braúna no Sertão da Bahia marca um novo capítulo para o Brasil, consolidando-o como um dos principais produtores e exportadores de diamantes no mundo. Esta mina, que já é a maior do país e da América Latina, abre novas possibilidades para a exploração de diamantes em outras regiões do Brasil. Com o avanço da ciência e da tecnologia, é esperado que mais tubos de kimberlito sejam descobertos, aumentando ainda mais a produção nacional.

Além dos diamantes, o Brasil também se destaca na produção de nióbio, com a maior jazida do mundo localizada no país. Com 90% da produção global, o nióbio brasileiro é essencial para diversas indústrias, especialmente na transição energética e no desenvolvimento de baterias de carregamento rápido.

Essa incrível descoberta no Sertão da Bahia não só reafirma a riqueza mineral do Brasil, mas também destaca o potencial do país em liderar o mercado global de minerais preciosos.

Fonte: Click Petroleoegas

 

 

 

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