Salários médios no Nordeste são os mais baixos do Brasil, aponta IBGE
Publicado em 21/06/2024 | 162 Impressões | Escrito por Renato Abreu
Além do Nordeste, as regiões Norte e Sul também registraram salários médios abaixo da média nacional, com R$ 3.274,07 e R$ 3.382,09, respectivamente
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores assalariados do Nordeste receberam os menores salários médios do Brasil em 2022. A média salarial na região foi de R$ 2.809,16 por mês, enquanto a média nacional atingiu R$ 3.542,19, uma diferença significativa de 26,1%.
Além do Nordeste, as regiões Norte e Sul também registraram salários médios abaixo da média nacional, com R$ 3.274,07 e R$ 3.382,09, respectivamente. Em contraste, o Centro-Oeste liderou com o maior salário médio, R$ 3.941,54, seguido pelo Sudeste, com R$ 3.841,47.
Os dados foram obtidos a partir do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), que reúne informações de empresas e seus empregados, exceto os Microempreendedores Individuais (MEIs). Apesar dos baixos salários, o Nordeste é a terceira região em número de unidades locais de empresas e outras organizações formais, com mais de 1,6 milhão até o final de 2022.
A maior concentração de unidades locais está no Sudeste, com mais de 5,4 milhões, seguido pelo Sul, com cerca de 2,1 milhões. Norte e Centro-Oeste são as únicas regiões com menos de um milhão de unidades, registrando 897 mil e quase 496 mil, respectivamente.
O Distrito Federal se destacou com o maior salário médio estadual em 2022, alcançando R$ 5.902,12, equivalente a 4,9 salários mínimos da época. Em seguida, Amapá e São Paulo apresentaram médias salariais de R$ 4.190,94 (3,5 salários mínimos) e R$ 4.147,84 (3,4 salários mínimos). Por outro lado, os menores salários médios foram encontrados na Paraíba, com R$ 2.636,31, e em Alagoas, com R$ 2.645,65, ambos cerca de 2,2 salários mínimos.
Em 2022, o Brasil contava com 9,4 milhões de empresas e organizações formais ativas, empregando 63 milhões de pessoas. Desse total, 6,6 milhões de empresas não tinham funcionários assalariados, mas empregavam 8,4 milhões de sócios e/ou proprietários. As restantes 2,9 milhões de empresas empregavam 54,3 milhões de pessoas, dos quais 50,2 milhões eram assalariados e 4,1 milhões eram sócios e/ou proprietários.
Essas organizações pagaram R$ 2,3 trilhões em salários e outras remunerações, resultando em um salário médio mensal de R$ 3.542,19, correspondente a 2,9 salários mínimos. Entre os assalariados, 54,7% eram homens e 45,3% mulheres. Em relação ao porte das empresas, 76,8% tinham de 1 a 9 funcionários, 19,8% empregavam de 10 a 49, 2,6% de 50 a 249, e 0,8% tinham 250 funcionários ou mais.
As empresas maiores, embora em menor quantidade, empregavam mais da metade dos trabalhadores assalariados (54,1%) e representavam 69,3% dos salários pagos. Nessas empresas, o salário médio era de R$ 4.528,67 por mês, 152,6% maior que o salário das empresas com até 9 funcionários, que era de R$ 1.793,08.
Fonte: Jcconcursos