Cidade pequena com problemas de cidade grande
Publicado em 2013-05-05 08:22:48 | 319 Impressões | Escrito por 0
foto ilustrativa
Há algum tempo já é de conhecimento de todos que na pacata cidade Tremedal, de pouco mais que 17 mil habitantes e predominantemente rural há o uso de drogas ilícitas, o que já tem afetado visivelmente algumas pessoas e transformado a vida de algumas famílias. Associado a isso, há o problema crescente dos furtos, roubos e violência, problemas de grandes metrópoles numa cidade interiorana, cujo diferencial era, até pouco tempo, a tranquilidade, a pacificidade e a segurança oferecidas aos seus moradores, atrativos aos visitantes.
Jovens menores de idade, meninos e meninas constantemente são vistos nas ruas em horários impróprios, 23:00 e 0:00, quando deveriam estar em casa descansando para poderem estar na escola no dia seguinte com disposição. Além disso não há nenhuma perspectiva de reversão desses problemas a não ser através do trabalho das instituições educacionais, como escolas e igrejas, que, sozinhas, não dão conta.
O Conselho Tutelar é um órgão fiscalizador e está ciente de muitos desses problemas, mas não tem obrigação ou condições de punir ou educar esses jovens, apesar de tentar fazer mais que isso, intervindo em alguns casos ou chegando a angariar junto à sociedade alimentos e utensílios, como colchão, para famílias carentes. Inclusive o órgão conta atualmente com poucos conselheiros, já que alguns deixaram a função para assumirem vagas em concurso público do município, o que dificulta ainda mais o trabalho dos que continuam.
Vale ressaltar também o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo instituto Adelmário Pinheiro, voltando os jovens para a música, dança, cinema e pintura, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social dos mesmos, inclusive oferecendo subsídios, como bolsas de estudo, para jovens que demonstram talento e vontade de seguir carreira artística.
A Assistência Social da cidade está agora sob novo comando e precisa inovar também suas ações em prol da comunidade, ampliando as possibilidades de intervenção na sociedade, passando a realizar uma assistência social de verdade, com medidas educativas para os jovens, em parceria com as escolas e demais instituições que desenvolvem trabalhos sociais.
As famílias também precisam estar mais presentes, dar a primeira educação, a “de berço”, e, assim, poder cobrar das autoridades a assistência e atuação de que são responsáveis. A polícia também precisa agir de modo mais preventivo e menos punitivo e recriminativo, fiscalizando, advertindo e alertando os jovens e mantendo contato com as instituições sociais. Vamos esperar que a situação piore ainda mais para se fazer alguma coisa ou vamos fazer já cada um a nossa parte?
Veja alguns dados do conselho tutelar
Renato Abreu
